Ivan, Ana e Valentina in Germany

Muitas pessoas querem saber como é viver na Alemanha... aqui vamos nós...

E outras irão apenas ler pra matar a saudade...

Para tentarmos responder a todos... "um pouco de nossas vidas estará aqui".


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Bélgica - Primeira parte: Gante

Já faz mais de um mês que viajamos para a Bélgica, foi meados de junho.
Como estava um pouco sem tempo, devido ao curso de alemão, deixei pra escrever quando este encerra-se. 
E cá estou eu... de férias do curso (Eba!!!)

Passamos novamente por Bruxelas, pois já havíamos conhecido em 2012, mas foi bacana rever alguns locais de lá, como o Atomium e o centro histórico que é um esplendor!

Novidade foi conhecer duas cidades mas ao oeste do país, Gante e Bruges.
Duas pequenas cidades fantásticas, de uma beleza singular.

Gante parece surgir de um filme épico, fiquei deslumbrada com a beleza desta cidade.
Vejam algumas das nossas lembranças, esta viagem foi muito especial... 

Gante
Gante é rodeada de canais e em suas margens belíssimas construções medievais.
Interessante foi perceber a quantidade enorme de jovens passeando pela cidade, Gante é uma cidade universitária, conhecida por ter noites com festas que duram até o amanhecer, nada mal estudar em um local assim hem?!

Outra delícia Belga são os famosos "Cuberdon", um típico doce de framboesa, conhecido como Nariz de Gante, uma casquinha durinha e crocante e dentro todo cremoso... hummm     Muito bom!!
Tirei foto da barraquinha e do docinho com celular e não postarei aqui, pois não tenho elas acessíveis neste momento.
Disse acima "outra delícia", pois nem preciso mencionar sobre os chocolates Belgas, pra mim um dos melhores do mundo.


Foi prazeroso caminhar pela cidade, cada esquina você pode deparar com uma surpresa. Foi o nosso caso ao descobrirmos o castelo "Gravensteen"( Castelo dos Condes), construído em 1180.

  
 Passamos pela torre do relógio "Belfort", pela igreja "Sint Niklaaskerk".
Na foto abaixo, ao fundo a torre.
Ah! claro muitos restaurantes interessantes, como a cidade tem uma população turística fortemente jovens há diversos restaurantes especializados em "baguetes", enormes,  com uma seleção também enorme de diferentes recheios.
Mas este restaurante abaixo tinha uma decoração bem peculiar...




Mas desta viagem nasceu uma paixão a "primeira golada", Ivan ficou alucinado pelas cervejas Belgas, o carro veio abastecido, mas para sorte do "apaixonado", achamos aqui em Dresden pra comprar. Mas confesso que realmente é muito boa!! 
Fica a dica pra quem gosta de cervejas.
Olha quantas aí em baixo... 
Vai ficar na saudade, foi muito bom...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Krakow

Cracóvia
Terceira e última parte sobre a nossa viagem na Polônia.
Neste post vou mostrar um pouquinho do centro histórico de Cracóvia.
O centro é bem compacto, um dia é suficiente para conhece-lo. Faz parte do Patrimônio da Humanidade listado pela Unesco.
Dois pontos mais visitados a Praça Central e o Castelo de Wawel.
O que me chamou atenção foi a quantidade de igrejas aglomeradas no centro, nós entramos em quatro delas, onde a última tivemos a oportunidade de voltarmos a noite e assistir a um concerto clássico maravilho.
Durante a visita descobrimos que o Papa João Paulo II é de Cracróvia. 
Bom então vamos dar uma voltinha pelo centro de Cracóvia?  eu vou de bicicleta florida...

















Castelo de Wawel!!!




Este fica localizado na parte alta do centro, cercado por um grande muro medieval.
Fazer uma caminhada por ali é bem agradável.


Umas das igrejas que visitamos, fica dentro do muro medieval de Wawel.
Na foto acima ve-se as torres dela ao fundo.






















Mencionei acima que há muitas igrejas e que visitamos quatro, pra uma manhã é um número bem razoável, perto do número que vim a descobrir depois do passeio, Cracóvia possuí 142 igrejas!! sim, tudo isso.
E mais seus monastérios...
Abaixo esta uma das igrejas que viemos a conhecer.





Linda não?
Uma curiosidade interessante: "Cracóvia é a cidade mais católica do país mais católico da Europa".
Mais fotos da pequena cidadela medieval no interiror das muralhas, onde encontra-se o Castelo Real e a catedral da cidade.

Palácio Real


Este pátio fica dentro do Palácio fica "pomposo" devido suas paredes pintadas.

Adoro um "Biergarten", porém em Cracóvia não sei qual o nome apropriado para estes locais (foto acima).
Pelas ruas de Cracóvia observamos a arquitetura, o estilo da cidade e detalhes peculiares do lugar.
Há carruagens suntuosas levando e trazendo turistas através das vielas e praças da cidade mais visitada da Polônia, são muitos turistas que visitam anualmente.
Epa tem dois "perdidos aí"!



Como toda cidade "turística" na Europa, sempre esbanjam charme nos restaurantes.


Esta é a famosa Praça Central ou Praça do Mercado.
Aqui encontra-se a torre da camera (foto acima), o Mercado e a igreja de Floriano.

Igreja de Skalka, considerada a mais sagrada de toda Polônia. em estilo barraco.
Foi aqui que voltamos a noite para assistir ao concerto.
Porém tivemos uma "canja" de uma cantora lírica na porta da igreja, foi de arrepiar...
                   









Passeamos no final da tarde por um parque bem gostoso.
Muitas árvores, verde, passarinhos...
E teve muitas risadas, momento descontraído.
Pra não esquecer desta tarde leve, fica registrado as "mil e umas faces deste momento gostoso".
Cracóvia foi um destino de viagem muito certeiro, conhecer a Mina de Sal de Wieliczka, Auschwitz e a charmosa cidade foi especial.

Pose pra foto final do passeio, ops com picolé!!!




domingo, 31 de maio de 2015

Auschwitz e Fábrica de Schindler - Polônia

Fazer um post sobre assuntos delicados e emocionantes que aconteceram durante a Segunda Grande Guerra não é simples, pois falar sobre algo forte e triste que marcou a humanidade de forma negativa e dolorida requer muita responsabilidade.
Não vou me atrever a tentar explicar os acontecimentos históricos, apenas deixarei aqui as minhas impressões e sentimentos quando pisei em Auschwitz.
E mostrar a riqueza e a forma que este museu em Cracóvia retrata este período triste da história.
Parte do Uniforme do Oficiais da SS

Vou começar  pela Fábrica de Oskar Schindler...

A antiga fábrica de Schindler ou o restante que sobrou dela hoje guarda as memórias de milhares de pessoas que viveram o horror da Segunda Guerra.
O Museu fica em Cracóvia, próximo ao bairro judeu, bem afastado do centro.
A visita vale a pena, pois o museu retrata de forma comovente os acontecimentos da época. Inúmeras salas com peças legitimas da segunda guerra, depoimentos em audio e vídeo dos sobreviventes, fotografias originais e até mesmo uma pequena reconstrução de um "gueto" e também de "abrigos".
Na entrada da fábrica, ainda na rua, há uma amostra de várias fotos das pessoas que foram salvas por Schindler. A porta da fábrica já nos leva ao passado...
Pra minha surpresa o museu não tem como foco o homem Oskar Schindler, chega a ser secundária a referência a ele. O museu tem o seu nome porque neste local funcionou sua fábrica de panelas. 
E a sua importância foi que a maioria das pessoas que trabalhavam nesta fábrica durante este período foram salvas, a história é bem retratada no filme "A Lista de Schindler" do diretor Spielberg.
Nesta foto: coleção do artigos produzidos na fábrica, mesa do Schindler e corredor da fábrica
O museu é muito bem elaborado, a foto acima tirei de uma das salas, onde há várias fotos de  pessoas pelas ruas naquela época em tamanho real, estas fotos estão sobre um vidro, logo você pode andar entre estes vidros e a sensação é que você entrou dentro do ambiente.
O tema do museu é a invasão nazista na Polônia, especificamente nesta região e fatos sobre o holocausto.
Um pequeno detalhe que chamou minha atenção foi o "piso" em uma das partes da fábrica, o desenho em preto do símbolo dos Nazistas.
Houve momentos que "alguns objetos" tomavam conta do contexto...

Pra quem assistiu o filme (nos já assistimos) é interessante tentar lembrar de cenas que se passaram dentro da fábrica, o que me trouxe recordação foi a escada, lembrei de algumas cenas...
Escada da fábrica, simulação do "Gueto"
Como disse anteriormente a elaboração das salas é feita com muito cuidado. A recriação dos ambientes é muito perfeita. 

Outro ponto que sempre mexe comigo é ver a reação da Valentina em relação ao contexto do que ela via, como já pretendíamos visitar a fábrica e também o campo de Auschwitz, durante a viagem de Dresden para Polônia eu e Ivan fomos explicando a ela de maneira simples o que foi a Guerra, quem foi Hitler, quem foi Schindler, os Judeus...
Resumindo ela entendeu quem havia "sofrido" e quem havia "causado o sofrimento".
Durante a visita sempre tento explicar a ela o que estou vendo ou lendo, os momentos que ela transpareceu sentir tocada pelo ocorrido estão na foto logo abaixo e vou descreve-los:
"Ver as malas e os pequenos objetos que os judeus e outros que sofreram a perseguição conseguiram retirar de suas casas, ver a porta que lacrava um quartinho onde muitos passaram anos de suas vidas e ver as cartas que foram escritas por eles e muitas delas nunca foram lidas..."


Pra mim comovente foi ver as listas, tudo era baseado em listas...

Nomes de pessoas que seriam assassinadas em galpões de gás, nomes de crianças que iriam para "ala de experiências médicas", nomes de mulheres grávidas que iriam pra "galpões das grávidas" para terem seus filhos assassinados assim que nasciam, nomes de homens que seriam encaminhados para "alas de confinamento" até serem assassinados...
Listas, listas...
Bem aventurados foram os nomes que foram parar na "Lista de Schindler", homem que a Valentina disse ser "homem do bem".


                                    Outro momento de reflexão da Valentina... Este eu não precisei explicar muito.

Segunda Parte:     Auschwitz

Essa foi uma visita a "crueldade humana".
A sensação no primeiro instante que saí do carro foi "nossa parece que estou num filme".

O instante quando atravessei a cerca de arame e muito próximo a mim estava o primeiro galpão... 
Aí você fica quieta, cada um caminha em silêncio.
A realidade do lugar te toca profundamente.
Aos poucos Ivan foi lendo as placas dos galpões e entender todo aquele arranjo de galpões, organizados friamente por idade, crianças separadas das mães, mulheres separadas dos maridos, tudo ali era separado com a maior estupidez que um ser humano possa ter chegado.
Eu fiquei imaginando os prisioneiros chegando de trem dentro do campo,  sendo separados dos filhos,  e depois cruelmente mortos em câmaras de gás.
Ainda existe um dos vagões do trem lá em Auschwitz.
Auschwitz II, foi o maior campo de concentração já existente.
Estima-se que 1 milhão e 100 prisioneiros morreram neste campo, onde a maior parte eram judeus, seguidos de poloneses, ciganos e outras nacionalidades em menor quantidade.
Entrar dentro dos galpões foi instigante, ver as "camas" se assim podem ser chamado o lugar que dormiam, onde se lavavam... tudo muito triste.




Caminhamos por todo campo, enorme...
Curioso é ver a quantidade de turistas que visitam Auschwitz.
Restos de uma das câmaras de gas
No final da guerra, em 1945 os alemães abandonaram os campos e tentaram destruir o máximo que conseguiam para apagarem provas do maior genocídio já existente. Foram encontrados menos de 10.000 sobreviventes, a maioria doentes, enfermos...
Muitos prisioneiros sonhavam em um dia passar por esta cerca e terem sua dignidade de volta.
























Conhecer Auschwitz foi uma experiência ímpar.

Páginas